Monday, December 14, 2015

Episódio 5 Como Começar Uma Guerra Parte 1


Tomas é um jovem branco de dezoito anos de idade, corpo franzino, o cabelo levemente longo, parecia ter quatorze anos de idade, estava no carro com Jennifer, uma garota da sua idade. Que trabalhava em um jornal local e estava preocupada em levar o morador de rua, Senhor Judas, a um local onde este pudesse permanecer e ter suas feridas curadas.

 -Sabe, aquele cara é muito “Dahora”! Curti muito o visual dele.

-Eu também. A primeira vez que vi ele, foi como se visse um sonho realizado... Foi como ver um personagem saltar dos quad...

-Tipo, a gente pode fazer uma matéria sobre ele e escrever algumas coisas sobre como um sujeito vindo da periferia está lutando contra tudo e contra todos, a gente pode falar como um homem vindo de um lugar tão sofrido tá lutando pra fazer o papel dele e como ele é um negro lutando contra uma sociedade impetuosa e racista.

Tomas torceu o nariz.

-Você faz matérias pra esse jornal também? Nem perguntei pra qual jornal você trabalha, pensei que fosse apenas fotógrafa.

- Eu posso dar algumas opiniões, né? Mas eu trabalho pra gazeta local da cidade.

-Nem sei como se chama, só leio o Estadão, mesmo, passo o dia todo na faculdade, estudando pra provas semanais... Só agora que entrei de férias que deu pra dar uma relaxada. – Tomas decidiu omitir o fato de que consumia drogas para evitar o estresse que a faculdade lhe causava.

-Você tá estudando na Federal?

-Tô sim.

Jennifer olhou para Tomas, viu seu rosto magro, mas decidiu não manifestar aquilo que suspeitava.

-É O Boletim da Capital

-O Que?


-O Nome do Jornal que eu trabalho.

-Ah, você trabalha pro boletim? Eles defenderam o prefeito do Partido Democrático na última eleição, não foi?

- Sim, e você discorda?

-Não, sei lá, só acho que a cidade virou um caos depois da eleição dele.

Jennifer achou o argumento de Tomas fraco, porém, gostou do fato de que ele havia discordado de um ideal dela, isso o havia tornado devidamente mais interessante, mas ao mesmo tempo ela decidiu não discutir política com ele.

-Você quer discutir isso agora? Sabe, o que você estuda mesmo?

-Engenharia Elétrica, por que?

Sabe, você tem todo o jeito de quem estuda humanas, cabelo grande, visual
“riponga”, só o teu óculos e a barba que te deixam com cara de moleque nerd que sofria bullying na oitava série.

-Isso é coisa de humorista, só por que o cara tem cabelo grande quer dizer que ele não pode estudar exatas?

-E aposto que você até gosta de dar um “tapa na macaca de vez em quando”

Tomas admirou a coragem de Jennifer quando ela tentou sugerir que ele usava drogas, e tentou sugerir que ela não tentasse usar uma gíria tão ridícula para fumar maconha.  Mas preferiu dar uma risada discreta para agradá-la.

Quando o carro de Jennifer parou em frente ao abrigo para idosos que os dois iriam deixar o Senhor Judas, Tomas puxou o corpo do velho, Judas dormia e o sangue que outrora escorria de seu nariz havia cessado graças ao papel que Tomas havia inserido ali. Jennifer ordenou que Tomas fosse mais gentil com o senhor.

Dentro do estabelecimento eles foram atendidos por enfermeiros que apressaram-se em cuidar do Senhor Judas.

Ao saírem do local, com a promessa de que pagariam pela estadia do velho ali, ele começaram a conversar sobre os motivos que levariam a vizinhança de Joanópolis  a querer matar Judas por tentar roubar alguma coisa para sobreviver.

-Quer saber ? Esquece isso. – Disse Jennifer, Tocando a mão de Tomas.

Entra no carro aqui comigo que eu vou te levar de volta. – Continuou ela.
-Me leva pra casa... – Falou ele.

Ao parar em frente ao apartamento de Tomas eles ouviam o som de um vídeo game e de uma televisão LCD, seu apartamento ficava no primeiro andar e ouvia-se com facilidade o que acontecia ali, provavelmente era algum colega de quarto jogando a mais nova versão de algum jogo de Guerra.

-Sabe, eu gostei da idéia de que você cuida das pessoas pr’aquele cara, como é o nome dele mesmo?

-Rider.

-Não sei, acho que é por que eu me machucava muito na infância, sempre fui um moleque levado...
-Pois é, você fuma maconha, mas consegue ser um ajudante esplendido pro teu amigo, isso é um paradoxo.

-E você... Vai usar isso como um revés?

-Não se você me mostrar que você pode se livrar disso,

-Como assim?

-Deixa eu pegar uma coisa aqui no porta-luvas. – Falou Jennifer, aproximando o corpo ao de Tomas, que estava no banco ao lado.

Tomas a envolveu em seus braços.

 -As suas qualidades superam os seus defeitos. –Falou ela.

-Que bom que você pensa isso, por que eu penso o mesmo de você. –Falou ele

Tomas aproximou o rosto ao de Jennifer. Ela decidiu deixar que ele a beijasse.

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Tomas adentrou a casa de Joel de Aparecida (conhecido pelos meliantes como um vigilante
mascarado arruaceiro que estava causando problemas, mas ele próprio gostaria de ser chamado de Rider o Guerreiro Urbano.) com um notebook na mão.

-E então Tomas, o que foi que você fez com essa mina?

-Fiz de tudo, inclusive peguei a câmera, como você havia pedido.

-Meu garoto!

Joel pegou a câmera de Tomas e checou as fotos.

-Cara, eu tô precisando emagrecer... Pra que você trouxe esse Notebook?

 -É... Era disso que eu ia falar... Tem um porém.... Ela mandou algumas fotos pro jornal e não me falou...

-Algumas fotos?

-Do senhor Judas sendo agredido... E... De você...

Ao abrir o site do Boletim da Capital, havia, na primeira página, não apenas uma foto de Judas levando uma pedrada na testa, mas também de Rider segurando-o. No título da notícia, SUPER-HERÓI PROTEGE MORADOR DE RUA

-Eu não acredito nisso, precisamos encontra-la imediatamente! – Falou Joel.

-Tenho certeza de que ela usou o celular, olha a qualidade das fotos! Mas a sua sorte é que não dá pra reconhecer o seu rosto com todo esse movimento que tem nas fotos. –Falou Tomas.

-Não interessa! Ela prometeu que não ia mandar as fotos de mim! Mas que...

-E o pior é que o site fala o teu nome: Rider, tá vendo ?

-Procura no site de pesquisa aí pra ver se tem alguma coisa a meu respeito. –Ordenou Joel.

Tomas pesquisou o nome “Rider” e junto digitou: “Super-Herói”. O resultado foi vários sites dando a mesma notícia que havia dado o jornal de Jennifer. Ele leu o primeiro, que foi o próprio jornal em que Jennifer trabalhava, depois, leu alguns outros sites.

Boletim da Capital
SUPER-HERÓI PROTEGE MORADOR DE RUA

São Paulo, Vila Joanópolis, dia 04 de Janeiro de 2013.

FOTO Vigilante local com morador de rua conhecido como Senhor Judas em um dos Braços.
O que era para ser uma situação inusitada, tornou-se um ato de nobreza da parte de um jovem negro vindo do subúrbio da cidade de São Paulo.

Ao salvar a vida de um morador de rua idoso. O vigilante conhecido apenas pelo nome de Rider (ciclista), deixou no coração de um grupo de moradores da Vila Joanópolis, o mistério e a curiosidade sobre o que afinal teria feito um sujeito aparecer do nada para salvar a vida do idoso.

Mas a verdade é que, do nada, Rider não veio. Algumas horas antes, imagens de um homem vestido de maneira semelhante apareceram na internet.

Vitima da sociedade racista e elitista, o negro sempre esteve em último lugar. E ao tentar salvar a vida de um homem que estava tentando nada mais que algo para comer, será que este jovem estaria tentando mostrar que agora é a vez dos oprimidos mostrarem a cara? Mesmo que para isso ele tenha que usar uma máscara?

Jennifer da Cruz é fotógrafa e está estudando jornalismo, ela não apoia a justiça com as próprias mãos de maneira nenhuma.

Revista Vemos Online

SUPER-HERÓI: PIADA OU ALERTA?

São Paulo Vila Joanópolis

Seu nome é Rider, que significa ciclista em inglês, sua bicicleta é amarela e suas roupas são verdes e azuis, é como se ele tentasse parecer um personagem de quadrinhos brasileiros.

A última vez em que foi visto, foi salvando a vida de um ladrão de comida de ser morto por um grupo de moradores da região onde atua, que estava prestes a fazê-lo graças à onda de violência que assola o local.

A polícia suspeita que ele esteja envolvido no tiroteio que levou o grupo criminoso conhecido como Homens do Morro à prisão e que já ajudou a polícia a levar alguns traficantes à prisão.

E a pergunta que qualquer um faz nesse ponto é: O que faz o governo ignorar as necessidades do povo até a hora em que um jovem deseja erguer-se contra a desgraça que assola o mundo em que vive ao invés de ir para a escola?

O governo não faz sua parte e agora é necessário que adolescentes que se inspiram no Capitão América façam aquilo que ninguém mais quer fazer!

Isso é algo que realmente não está no gibi!

HQ Flash

SUPER-HERÓI DA VIDA REAL BRASILEIRO

Já havíamos presenciado alguns super-heróis da vida real, uns haviam sido presos por jogar spray de pimenta em suspeitos, mas nenhum teve suas ações tão evidenciadas por conseguir literalmente levar criminosos à prisão  como Rider, conhecido agora como o Guerreiro Urbano.

Ele é suspeito de ter levado alguns assaltantes à justiça, e foi visto salvando a vida de um ladrão de latas de ervilha na Vila Joanópolis, local onde atua.

O que nós da HQ Flash temos a dizer sobre isso?

Nerd Avenger: PUTA QUE O PARIU, ISSO É DEMAIS, HÁ IMAGENS DO CARA CHUTANDO UM MOLEQUE QUE HAVIA ROUBADO UMA BOLSA DE UMA SENHORA E CARA, ISSO É DEMAIS, DOU TODO O MEU APOIO AO CARA. UM SUPER-HERÓI BRASILEIRO DE VERDADE, MEU, ISSO É MUITO FODA, TEM QUE CRIAR O QUADRINHO OFICIAL DELE, TEM QUE CRIAR CAMISETAS, BONÉS, CANECAS, SE ELE APARECER PRO NOSSO SITE A GENTE DÁ TODO O APOIO, A GENTE CRIA A MARCA DO NOME DELE, FAZ TUDO PRO CARA CRESCER E VIRAR UMA MARCA DE PRIMEIRA!

Infernal: Realmente, isso é um chamado de socorro do nosso país, a presidente está cometendo tantos deslizes em seu governo que um cara que, pelo visto, é assim como a gente, decidiu sair às ruas batendo em traficantes,  eu acho sensacional a idéia e, se eu não fosse tão gordo e não tivesse uma família pra cuidar, provavelmente me juntava a ele.  *risos*

Raposa Justiceira: Dá pra ver que o cara se baseou no visual do Super Choque, e o nome é baseado em seriados japoneses, eu não sei se devo rir ou se devo chorar com isso. Até que é legal a roupa dele, mas cara, levar essa história de super-herói pro mundo real é piada, que isso fique guardados nos quadrinhos. Ele provavelmente vai acabar morrendo esfaqueado ou com uma bala na cabeça...

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Tomas voltou para o primeiro artigo e falou:

-Dá vontade de vomitar com uma coisa dessas, a Jennifer não foi nada imparcial, e ela disse que não escrevia artigos.

-E ela revelou o meu nome, ela mostrou uma foto minha e ainda por cima mostrou as coisas que eu fiz nos últimos dias, agora não só o pessoal a serviço do Arqueiro vai saber o que eu fiz, como também a polícia... E foi essa matéria que gerou as outras... – Joel mostrou-se mais revoltado que Tomas.

-Ela tá usando a tua imagem pra promover os ideais da revista dela. Ela mostrou que você é um pobre coitado que veio de um local conturbado e que é digno de pena. Mesmo com isso não sendo verdade. Isso é pra fazer as pessoas que lerem verem em você um mártir da sociedade. Pior que o que queriam fazer do Senhor Judas. –Falou tomas.

-Essa mulher que você pegou é uma verdadeira cobra, cara...

-E é uma esquerdista também... Mas beija muito bem, se quer saber... Então acho que temos de dar a ela uma chance...

-Eu acho que não... Vá falar com ela... Ela e essa revista vão causar problemas pra gente no futuro. Seja com ideias contrárias ao seu pensamento ou mostrando as minhas ações pro mundo. Eu quero que você pare ela imediatamente, Tomas. Você foi capaz de me ajudar antes, sei que você vai conseguir agora. E veja se não brinca com o coração dela dessa vez e... --Joel parou por um instante.
-Eu tô parecendo o Batman falando com o Robin... Não tô? – Terminou.

-Não... – Negou Tomas.

-Não?

-Você tá parecendo o Batman falando com o Alfred. Por que o Robin é o personagem mais gay de toda a história dos quadrinhos...  Tirando o Misty de Lagarto... -Falou Tomas.

-Mas o Misty é do mangá...

-Putz, pior que é verdade...

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Daniel Henrique era filho de um mulato e de uma branca, sua pele era clara, seus cabelos eram castanhos e suas bochechas rosavam com o sol. Desde a infância era chamado pelos amigos de Branquelo por viver em meio a pessoas de cor. E era esse o nome pelo qual atendia na maior parte dos locais onde ia.

Branquelo havia entrado para o tráfico quando decidiu dar um basta na vida miserável que levava, não poderia fornecer-lhe nenhum dos luxos que a vida de crimes poderia.  Seu pai trabalhava em construções, e quando este machucou a perna gravemente, sendo obrigado a permanecer em casa, recebendo apenas um auxilio da parte do governo, auxílio este que mal lhe dava o que comer. Branquelo decidiu que entraria para o tráfico e que ajudaria o pai a sustentar a família.

Os dias passaram-se e Branquelo conseguia comprar coisas para a família, ele conseguia sustenta-los com a desculpa de que havia conseguido um bom emprego no lugar de seu pai. E a família acreditava, afinal este era seu desejo.

Porém, certo dia, Branquelo esqueceu um saco de maconha dentro do armário da cozinha de sua casa, sua mãe havia saído para trabalhar, e seu pai, que permanecia em casa todos os dias, decidiu chama-lo para conversar quando ele voltou do trabalho.

-Filho, eu tenho muito orgulho de você, você está honrando aquilo que eu estava fazendo, só te peço que tome cuidado e não termine da maneira que eu terminei, esse emprego é perigoso...

Daniel não sabia se o pai havia visto o saco de maconha, talvez ele estivesse alertando-o quanto à vida que levava. Isso fez com que ele dissesse a si mesmo em pensamento que a vergonha que sentiria se seu pai o visse sendo preso seria muito grande.

Branquelo pensou em desistir, mas pegou em seu bolso o dinheiro que havia recebido naquele dia, notou que a necessidade por mais era intensa, não poderia deixar algo tão tentador de lado. Ele pediu desculpas ao pai, e foi para o quarto, fechou a porta e apenas decidiu ser mais cauteloso da próxima vez.

Branquelo estava no bar localizado em meio à região campestre de Joanópolis (a boca de fumo da qual era responsável) quando recebeu a notícia de que seus homens estavam tendo problemas com “um homem negro vestido de verde e azul” em um local próximo. Mandou que alguns dos moleques que o seguiam armassem-se, pegou uma pistola e partiu para o local.


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Rider havia chegado de bicicleta no local, como já era de costume. Era uma fábrica de tecidos abandonada, agora, mais uma boca de fumo sob domínio dos homens d’O Arqueiro (outrora conhecido como Albert Einstein Junior). Subiu uma rampa com toda velocidade, saltou e jogou a bicicleta contra um meliante, que desmaiou com o impacto.

Joel já havia treinado isso várias vezes com Tomas, em uma pista de Skate. E para seu azar, agora havia dado completamente errado, o objetivo de Rider era segurar-se nas correntes do teto quando saltasse, mas agora que havia tentado para valer, elas estavam muito altas, seus cálculos deram errado, mas talvez fosse para o melhor, ele seria um alvo fácil ali.


Rider caiu em meio aos meliantes e estes o receberam com tiros, facadas, murros e ponta pés.
Ele socou um criminoso, sem camisa, de boné, com uma corrente no pescoço, possuía apenas uma faca como arma, soltou a faca ao sentir as dores no estômago vindas do golpe, outro tentou dar um tiro com um revolver, que passou pelas axilas de Rider, rasgando seu casaco.


Um sujeito com uma metralhadora decidiu dar um basta e liberou fogo contra o vigilante, Rider empurrou o sujeito que estava à sua frente, fazendo com que este fosse atingido pela rajada de balas e permitindo que o mascarado corresse e procurasse um local para proteger-se.

Ele não desejava perder tempo, queria saber onde era o esconderijo d’O Arqueiro, mas, como ele poderia intimidar aqueles malucos se mal poderia detê-los? O Batman fazia as coisas parecerem muito mais fáceis.

Ele tentou bolar um plano e pensou no que poderia fazer para abater aqueles soldados d’O Arqueiro quando viu Branquelo, um dos membros da gangue, a qual Joel havia encontrado no dia 29 de dezembro do ano passado, e que havia impedido de espancar Rafael na escola alguns dias depois.
No carro em que vinham Branquelo e seus comparsas tocava Facção Central, Pavilhão 9, entre outras bandas de Rap. O sujeito parecia estar maior e mais muscular, possuía correntes de ouro no pescoço, já não usava mais chinelos mas sim tênis, Joel supôs que houvessem sido adquiridos no Paraguai ou em outro lugar com fronteira com o Brasil.

-Cadê ele? – Perguntou Branquelo.

-Tá atrás daquelas máquinas de lavar roupa.

-O que vocês estão esperando para metralhar ele? Me dá uma AR-15 aí, de uma vez!
Ao carregar a arma, Branquelo se direciona a Rider.

-A gente já tá sabendo do que tu tem feito por aí, maluco, a gente sabe que foi você que impediu o Junior de matar o Estevão e o Rafael naquela noite, e já tá na hora de acabar com a tua festa, e eu vou ser o felizardo que vai acabar com a tua raça.

E metralhou as máquinas de lavar roupa.

Joel sentiu medo de morrer, se ele saísse dali, seria metralhado pelos homens de Branquelo, não haveria saída para ele além de dar uma de completo maluco. Colocou as mãos sobre a cabeça e saiu do local que havia usado de proteção.

Novamente Joel viu um grupo de homens perplexos, todos armados, que poderiam mata-lo, mas não o fizeram.  fizeram, assim como na noite em que levara Travolta, Pincha e grande parte dos Homens do Morro à prisão, também a fatídica noite em que matara o barão do tráfico, Albert Einstein (episódio 3). Por algum motivo ele não entendia por que ninguém atirava. Não sabia se estavam impressionados com a ousadia do mascarado ou se tinham pena de sua idiotice e, se houvesse algo a mais ao lado de Rider, provavelmente este queria que o mascarado agisse logo, pois Branquelo decidiu apontar uma arma contra Joel.

-E Então? – Falou Rider.

Rider moveu-se o mais rápido que pôde e chutou Branquelo, fazendo com que este caísse ao chão e deixasse sua arma escorregar para longe. O Vigilante correu.


-O que é que vocês estão esperando seu bando de filhos de quenga, apontem esses berros pra ele e atirem de uma vez!


A este ponto, Rider estava montado na bicicleta e saindo da fábrica.


Rider desviou dos tiros dos homens de Branquelo, escapou da morte certa. Haveria um momento em que ele voltaria para descobrir onde estava o Arqueiro. Mas não era agora. Agora era hora de voltar para casa e lamber as feridas.


Continua...